Bem-vindos a este espaço de partilha de todos para todos

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Toques de esperança de pessoas especiais


“…não enquadrado no “espírito natalício”, de expressões circunstanciais, de despesismo, de ricos e de lázaros, uns esbanjando e os outros, ao lado, aguardando as migalhas caídas.
    Confiemos que, num futuro – qualquer dia – o NATAL seja mesmo isso, sem casebre e sem reis magos, bastando as almas  quentes e generosas  de pastores, libertas das lendas... ternas embora...
    No entanto, apraz-me, aproveitando a essência  fraterna desta quadra para, com o  coração, aconchegar-me ao calor das outras pessoas sempre reconfortante, o que, de verdade, bom seria se acontecesse todos os dias. Afinal,  NATAL  sem limites, sentido do coração, mesmo que tão só com pensamentos e afecto e Amor…. “



A.F.




terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Graça Divina em 2015

de Maria

em 29 Dez 2014
http://www.fundacaomaitreya.com/imagens/lotus2.png   O caminho espiritual necessita de um enquadramento, duma perspectiva, pois ele existe para um fim específico. Há, então, uma razão para se praticar a via da realização espiritual, onde a meditação é o pilar de auto sustentação para essa realização através da metodologia e pela frequência dessa prática. Há de facto, uma variedade de métodos propostos por doutrinas filosófica ou religiosas, que ensinam que, por uma prática regular de meditação se pode encontrar a felicidade no interior, vindo a tornar-se numa vivência do dia-a-dia, tal como respirar ou comer. Ganha-se uma natural predisposição, onde depois se desenvolve o seu próprio método.

Com a prática o organismo se vai purificando dos bloqueios energéticos e melhorando a capacidade para receber a Graça Divina, realizando, então, experiências mais místicas. Esta descida de energia divina, muitas vezes direccionada especialmente e em certas ocasiões é dispensada dos planos superiores para a humanidade. Receberá maior quantidade desta energia quem estiver mais bem preparado em seu coração e mente. Ela desce livre e gratuitamente e manifesta-se sobre o ser humano que sinta atracção e, predisposição espiritual pelo conhecimento iluminador, pois é pura energia, pronta a revelar-se no interior de cada um e, com efeitos de expansão de Consciência. Gratuita e incondicionada pode manifestar-se de diversas formas e mais ou menos intensa, que depende então, da capacidade espiritual do receptor.

Abhinavagupta, o percursor do Shivaísmo de Cachemira indica três estágios dessa energia:
Intensa, média e débil.

A Graça intensa é energia divina potencialmente criadora, transcendente e pela qual o coração e mente refulgiam totalmente. É um intenso samādhi espontâneo, regenerador espiritual que contribui ainda mais para a integração na Unidade ou Divino. É a comunhão permanente! Não há eu e Ele: é o Eu Sou Ele! Já não há dualidade, nem esforço pessoal para obter algo.
A Graça média é uma energia de amor sentida e recebida como um bálsamo no coração (samādhi mais curto) que pode permanecer durante horas ou dias, onde fulgura a intuição iluminadora, porém, pode não haver muita consciência da sua origem, mas uma grande aspiração espiritual.
A Graça débil ou mais fraca é sentida esporadicamente sem consciência donde surge essa força ou energia de amor, mas leva tal Ser a maior trabalho interior (prática de meditação), para que essa energia sublime volte a acontecer e possa alcançar uma absorção cada vez maior: é ainda a via do esforço, para a concretização espiritual.

Depende, então do grau de evolução espiritual do receptor para abarcar um destes tipos ou escalas de energia e, a sua progressão quer mais rápida ou lenta, depende apenas da persistência do praticante.

Esta energia espiritual ou divina que desce sobre a humanidade e a recebe com menor ou maior intensidade quem estiver preparado, representa uma benesse, quase como um prémio que se ganha com a realização espiritual. Contudo, ela não é dada como um privilégio, mas como um resultado do esforço na perfeição através de vidas e vidas, até que, quando chega a recebê-la intensamente, foi porque se preparou mental e espiritualmente para abarcar a Graça Divina na sua plenitude. É assim, que é inútil querer apressar o passo, usando métodos fáceis enganadores de iluminação pela corrente de modalidades espirituais actuais, em adquirir cursos rápidos de fins-de-semana. A preparação para receber tal Graça, seja intensa, média ou débil depende somente do trabalho interno de cada um (a taça na sua medida), na persistência na caminhada espiritual, de purificação, de sublimação, de aspiração e, sobretudo, de devoção na Divindade.

Há, de facto, muita gente a querer meditar para relaxar sem acreditar em Deus. Pergunta-se, para quê? Se não se acredita em Deus como reconhecer a Graça Divina quando ela desce? Sim, passa despercebida, o que é um desperdício…

A esperança como mensagem para um Novo Ano é que cada Ser seja cada vez mais consciente de si mesmo, tornando-se o próprio Graal, podendo deste modo, ser mais sensível às energias que são dispensadas frequentemente para a humanidade. Ao recolhê-las e reconhecendo-as plenamente como Graça Divina, será então clara e jubilosamente um bom Ano.

FELIZ ANO 2015!

Maria Ferreira da Silva
Spiritus Site


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Quando um homem quiser – Ary dos Santos

(Grata E. por me lembrar este  poema tão especial do Ary. Nesta quadra que prima pela alienação, que a lucidez se erga em acção! Mais terrível que a habituação à realidade que nos rodeia, é o fazer de conta que ela não existe)


Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e combóios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher



José Carlos Ary dos Santos


Conto de Natal – Jorge Fernandes






Conto de Natal – Jorge Fernandes






Hoje levantei-me mais tarde.
Não fiz a barba; saudei o Sol e agradeci aos meus órgãos internos por manterem este corpo vivo.
Bebi um chá e saí com o meu cocker. Fomos passear num local longe do trânsito. Guiei-o pela trela porque ele não vê, e ambos formos absorvendo o Tao; como ele se manifesta em múltiplos sons.
Ouvi a água a correr, o assobiar do vento nas folhas das árvores. Ao longe o ladrar de um cão misturado com o cacarejar das galinhas, mais perto de nós uma melodiosa canção dos passarinhos.
Vi no céu azul o desenho que as pombas combinaram num circulo perfeito. Um rebanho de ovelhas manifestava-se em desafio num prado verde.
Neste espaço harmonioso corriam de vez em quando alguns atletas sem fazer qualquer estrago.
Escutei demoradamente esta orquestra da natureza, grato por também meus pensamentos participarem da música. Surgiu então um som moderno - sem vida própria, uma mensagem do telemóvel que lembrava que o natal é quando um homem quiser. Verdade, pensei eu! Para os outros seres é todos os dias, disse-me o Putchi calado.

De regresso à agitação normal do Natal, trouxe no ouvido a voz rouca de Joe Cocker a dizer que continua vivo.



Jorge Fernandes



Ninhos




Maria, publico um trecho da sua mensagem porque ela encerra (especialmente o último parágrafo) um dos maiores propósitos do meu caminho nestes já largos anos… A gratidão é minha. 

Adelina




….há caminhos que se entrelaçam como as madeixas que desenham uma trança.
há caminhos que se cruzam obedecendo a uma coreografia como a das marcas deixadas pelas lâminas da patinagem no gelo.
há caminhos que se cruzam em emaranhados de algodão doce.
há caminhos que se cruzam de forma delicada e resistente e criam impressionantes rendas de bilros.
eu gosto de rendas de bilros.
os melhores ninhos são construídos com rendas de bilros.
as melhores rendas de bilros são as que nos mostram que a estrada pode ter muitas cores.
e os melhores ninhos são os que nos dão a segurança de não precisarmos da magia de terceiros, a consciência de que o segredo para voltar ao ninho está nos nossos próprios pés…

Maria José Duarte (sobre o Encontro de Reiki de 22 de Novembro)






A Vinda do Cristo




A Energia Crística em nós, é o veículo da vinda do Mestre









Obra de Nicholas Roerich

Natal de Quem? João Coelho dos Santos

Natal de Quem? 

Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do peru, das rabanadas.
- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
- Está bem, eu sei!
- E as garrafas de vinho?
- Já vão a caminho!
- Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?
- Não sei, não sei...
Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.
E Cristo Menino
A fazer beicinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!
Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:
- Foi este o Natal de Jesus?!!!


















João Coelho dos Santos


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Oferto o ofertado à Mestra Maria de Magdala



           

   Mestra







Um dia, o seu apelo cativou-me
E, embora receoso e desconfiado, respondi.
Apresentou-se de branco brilhando,
Presenteou-nos com presentes no dia
Em que os presentes para ela deveriam ser.
Sabiamente conquistou-nos num rápido espaço de intimidade
Que nos arrancou à preguiçosa tranquilidade
De um conforto feito de lugares comuns e dogmáticos.
Nela reconheci a mestra de outra escola num tempo
Já há muito vivido e saudosamente recordado.
Falou-me então do poder das mãos, da sua energia,
Ensinou-me que nada podemos fazer com os outros
Enquanto não resolvermos o que devemos fazer connosco.
Ensinou-me que somos seres especiais,
Apesar de nos imporem os fantasmas de uma vida
Formatada em nome de regras e normas às quais
Jamais soube responder para além de
Um silêncio arrogante e indiferente.
Mostrou-nos a magia e sabedoria de um cosmos
Atento e preocupado com estes seres especiais
E a sua infinita disponibilidade para retribuir
Todo o amor que possamos deixar em favor de outros.
Mostrou-me os nossos conflitos interiores,
E as fraquezas humanas que habilidosamente procuramos esconder.
Partilhou de coração aberto
O afecto e a ternura que vêm das suas convicções.
Exortou-nos para uma vida cheia de amor e solidariedade,
Deu-nos a sua visão intemporal de uma existência cósmica, espiritual
Alertou-nos para a passividade
De uma vida indiferente ao sofrimento alheio,
Para a necessidade de sermos responsáveis
Pelos nossos actos e acções,
Numa prática diária sustentada em 5 princípios.
Guardo estas recordações num lugar seguro e único,
Onde qualquer pessoa merecedora pode entrar
Através de uma porta estreita da qual apenas eu tenho a chave.
O meu coração.

Namasté  Mestra 


Nelson Neves


Muito Grata Nelson 

A.



Considerações sobre Reiki







Considerações sobre Reiki






Por vezes somos confrontados com questões de pessoas acerca da nossa percepção sobre o que é o Re Ki
Tornar-se um Iniciado é tão só o principio do Caminho Dourado do auto-conhecimento
No entanto, a sintonização intensifica-se, torna-se efectiva, ao despertar a capacitação interna, que deriva da ligação que cada um faça a Rei, a Energia Cósmica, pelo trabalho que vai fazendo, principalmente consigo mesmo.

Porque Rei Ki, é uma filosofia de vida....

Sei que o modismo que hoje envolve o Rei Ki leva a que se façam os níveis de Rei Ki de forma consecutiva, e até num mesmo dia...mas isso meus queridos não se enquadra na forma como sentimos o Rei Ki.
Tal como recomendo sempre que cada Iniciado deve continuar ligado ao seu Mestre, recomendo a todos os Mestres, que mantenham a ligação com os seus Iniciados.
A tradição das antigas escolas de saberes é aplicável ainda hoje no que toca ao mútuo respeito e apoio.
Isto significa que o Mestre deve estar sempre presente, mas que o Iniciado deve saber respeitar o tempo do Mestre.
Significa também, que o Iniciado deve seguir o Mestre, mas que o Mestre deve ter caminho para mostrar.

Porque Rei Ki, é ligar-se pelo coração....

O Mestre deve expandir, e nessa expansão transporta os seus Iniciados que crescem com ele. Daí que a missão do Mestre deve ser de trabalho e instrução constante para si mesmo, para que o possa transpor para os seus Iniciados.

Porque Rei Ki, é integração pelo trabalho contínuo....

No entanto tornam-se pertinentes ainda outras considerações.
O facto do percurso possibilitar o envio de Rei Ki à distância e estar ligado às dimensões subtis, engloba em si mesmo uma ética acrescida no que toca ao respeito pela individualidade de cada ser. Por vezes é muito ténue e imperceptível a barreira que separa o nosso “querer doar” a outros, da necessidade ou aceitação que essas pessoas possam ter, ou ainda da fomentação do próprio ego e complacência energética que dali retiram.
É ainda pertinente lembrar que a higiene energética do doador, deve ser tão ou mais acautelada do que no Rei Ki presencial, e nestes cuidados estão a exclusão total do tabaco, drogas ou álcool.
Como também todo doador deve ter como condição essencial não doar Rei Ki quando se encontre doente ou em desarmonia psico-emocional.

Porque Rei Ki, é uma “terapia” diferente….

Reiki é Energia Consciente, é Energia Divina.
O que podemos recomendar é o trabalho assíduo com Rei Ki, em si mesmo, e que cada pessoa faça registo das suas experiências, é uma óptima forma de se aperceber do caminho percorrido.
Contrariamente ao que por vezes pensamos, a nossa disponibilidade para a partilha,  não é um facilitador, bem pelo contrário, é um maravilhoso sentido de responsabilização, de aprimoramento pessoal, para que possamos doar, continuamente, o melhor de nós.

A todos os caminhantes algures no Caminho do Coração

Luz e Paz

Maria Adelina de Jesus Lopes







terça-feira, 25 de novembro de 2014

A maioridade do Rei Ki





A maioridade do Rei Ki








É tempo do reconhecimento da maioridade do Rei Ki, de lhe concedermos alforria e a merecida liberdade de Ser, o que o Reiki realmente é.
No início do Século XX, inserido num contentor de técnicas de cura oriundas do Oriente estende-se rapidamente pelo mundo, e torna-se uma novidade que se torna apelativa e foco de curiosidade, não isenta de desconfiança e obscurantismo.
A denominação Reiki, e por maioritário desconhecimento do seu significado, tornou-se ela própria redutora e limitadora da percepção da dimensão do legado de Mikao Usui, como mais um mensageiro dessa energia que sempre existiu.
Após os conhecimentos básicos do que é a energia Reiki e a sua assimilação, o Iniciado tem as portas franqueadas para ir ao encontro da essência do Rei ki e da sua real identidade:

Os cristãos chamam-na “Espírito Santo”
Em hebraico “Ruah Elohim”
Em grego “Pneuma”
Em latim “Spiritus”
Na Índia e no Tibete ela é denominada “Prana”
Os sufistas a conheciam pelo nome de “Baraka”

Amigos, esta é a dimensão daquilo que conhecem pelo nome de Reiki! Que assim reconhecido, torna-se acolhimento, em nós, da genética divina de que somos feitos. É a validação da FÈ, não da dogmática ou que o medo impõe, mas daquela que está representada pelo comprovado acesso que liga o nosso corpo físico a outros planos dimensionais.
Esta Energia, o Espírito Santo, não se permite ser confinada, institucionalizada, profissionalizada ou mercantilizada, pois ela é a Plena Consciência Cósmica.
Aos colegas a quem tivemos o privilégio de iniciar no Rei Ki, assim como a todos os que se interessam pelo conhecimento daquilo que é o ser humano, convidamos ao estudo e à reflexão acerca da dimensão desta dádiva.
E neste percurso da assimilação da maioridade do Reiki, faremos uma descoberta maravilhosa, suprema, que é destapar a ponta do iceberg da nossa própria maioridade consciencial.

Bem-Hajam


Maria Adelina de Jesus Lopes


Tempo de Ensinar – Tempo de Aprender







Tempo de Ensinar – Tempo de Aprender
 
 






Longo já é o percurso pelo Caminho do Coração, ou seja o Rei Ki.
Com o Reiki, reencontrei motivos, razões, explicações.
Pelo Reiki abri caminho, sentido do crescer.
Para mim, Reiki foi sempre aprender e ensinar, doar, passagem de testemunho.

“ O Reiki não é uma terapia comum”

Com esta frase costumo iniciar  conversas, palestras, cursos e partilhas sobre esta Energia. Tornou-se uma força de expressão com a qual procuro alinhavar e guiar o conteúdo até ao ponto fulcral do mesmo que é o enquadramento do Reiki como filosofia de vida.
Como instrutora de Reiki, tem sido, e vai continuar a ser o ponto crucial da via do ensino que pratico.
Por vezes, de tanto integrarmos em nós o conteúdo, perdemos o distanciamento necessário para continuar a vislumbrar o infinito horizonte de possibilidades daquilo que já faz parte de nós.
Em conversa com um querido amigo, e “aluno”, este, ensinou-me a olhar o Reiki sob uma nova dimensão. Aprendi o conceito da mente grande / mente pequena.
Que através do Reiki podemos ter a noção precisa da possibilidade de ampliar a mente. A nossa mente pequena (a normal) tem por hábito convergir para um ponto de apreciação ou de inquietação, onde tentamos inserir aquilo que temos por hábitos, experiências passadas, medos ou  ego. Ou seja, diminuímos por auto-impostas limitações o enorme potencial da expansão da mente superior.
Inúmeras são as possibilidades da prática do Reiki, em que das mais diversas formas podemos fomentar a energia do amor, presencialmente, à distância, pelo olhar, toque, palavra, intenção, mas essencialmente pelo exemplo individual. Em que de forma simples podemos perceber, realmente, que somos o Todo, que nada nos distingue ou separa, em que podemos agir pela nossa Mente Grande… Obrigada LF.



Maria Adelina de Jesus Lopes

Do livro Ponte de Palavras de  2010


 
 


sábado, 22 de novembro de 2014

22 de Novembro, gravado no coração...






22 de Novembro, 
gravado no coração









Uma das sensações mais prazenteiras que podemos vivenciar é o soltar a mão de um filho que perdeu o medo de caminhar.

Quanto mais longe ele caminha, e mais se afasta do nosso alcance, a sensação de plenitude cresce, torna-se pássaro que carrega no bico a semente da eira do criador da qual também somos semeador.

Igual que uma vide arredia que estacamos com o nosso sangue se preciso for, aquecida pelo sol, e reconhecida em tanto amor, desdobra-se em latada de frescura e frutos, que à mente exultam e a alma carece.

Qual cajado que frutifica em caduceu de Mercúrio, assim é o cuidado amoroso, confiante, libertário, bênçãos a acumular, das aves que de uma forma ou outra ajudamos a elevar.

Que as cálidas correntes celestes estejam sempre presentes nas sendas dos pássaros que estendem as asas, pois é tempo… de voar...


Maria Adelina de Jesus Lopes




terça-feira, 18 de novembro de 2014



(...) Passamos a vida tão ao de leve, tão preocupados com coisas mundanas, com as contas, com os horários, com o que os outros pensam, com o que é que se tira para o jantar, com aquele berbicacho que temos de resolver até ao dia seguinte, que nos esquecemos do que realmente importa. De quem realmente importa.
Só as tragédias nos espicaçam durante uns dias. 
Nesse período, prometemos a nós próprios que vamos ser pessoas melhores, que vamos preocupar-nos mais com os outros, que vamos telefonar mais vezes aos pais, aos avós, aos amigos, que vamos cumprir aquela promessa há tanto tempo adiada. 
Prometemos tudo isto, para logo a seguir sermos novamente engolidos pelo quotidiano e atirados a um mundo que não está feito para contemplações. Um mundo que não nos dá tempo para pensar, que não nos dá tempo para tudo o que um dia gostaríamos de fazer ou dizer. 
E, quando mais de 90% da população luta para sobreviver, é quase um insulto pedir que sejamos mais contemplativos e olhemos para as pequenas coisas poéticas que a vida nos oferece. A poesia não paga as contas, não cumpre os horários, não faz o jantar.
Mas então acontece uma tragédia. Um acidente, uma doença, uma injustiça. Um segundo que nos rouba o chão, que nos traz o desejo doloroso de ter tido mais um dia, mais um abraço, mais uma palavra sussurrada ao ouvido. Nessa altura, o que nos resta senão as tais coisas poéticas? 
Quando não há um corpo, quando não há vida, matéria, substância, persistem as recordações e a culpa por todos os minutos que perdemos a pensar nas contas, nos horários e nos jantares. Porque, por muitas voltas que a vida dê, por muitas obrigações que o mundo nos imponha, são as pessoas que nos dão sentido. 
Pessoas que merecem ouvir todos os dias o quanto são importantes na nossa vida. Todos os dias. Não apenas nos dias das grandes alegrias. Ou das grandes tragédias.


Filipa Fonseca Silva





sábado, 15 de novembro de 2014

A nossa “Linhagem”





A nossa “Linhagem”





Todos nós pertencemos a um Grupo de Almas, uma Linhagem.
Cada grupo de Almas tem uma função específica, e na fusão da sinergia criada por diversos grupos podemos muito mais facilmente “mover montanhas”.
Um ou mais membros do nosso grupo de almas pode até não estar nesta dimensão, na matéria, é no entanto uma influência sempre presente nas escolhas que fazemos.
Todos os que estão D`Alma e Coração empenhados na  maturidade de consciência/crescimento espiritual, lembremos que a experiência individual é reveladora, mas a partilha com os outros fomentada apenas pelo amor incondicional, é a força da realização.
Apelamos à união, ao encontro da trindade pensamento-sentimento-energia, ao deixar para trás interesses individuais/materiais/égoicos, porque está na hora!....de colocar na prática todo o conhecimento absorvido, de experienciar toda a teoria acumulada, de tornar o conhecimento e a teoria naquilo para que foram criadas que é: Sabedoria
E para isso, o caminho é o do reencontro com os nossos Grupos de Almas.
Vamos abrir o coração, derrubar as barreiras mentais, e experimentar, realmente, A Unicidade.
Que a Esperança, o Positivismo, a Gratidão, a Entrega, sejam sempre as ferramentas mais usadas para “Elevar” as consciências com as quais ombreamos, neste maravilhoso Caminho de Evolução.


Maria Adelina de Jesus Lopes




sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Significado de Colega



Envio um pequeno texto sobre uma coisa que me ocorreu hoje, logo pela manhã.
um abraço.
E.P.

Significado de Colega
“s.m. e f. Pessoa que pertence ao mesmo colégio, à mesma classe, escola, instituição, corporação, repartição ou sociedade, principalmente literária ou científica, que outra ou outras; aquele que preenche as mesmas funções, que exerce a mesma profissão ou atividade que outras pessoas: colegas de escola, de magistratura.
Bras. Fam. Companheiro de estudos, de folguedos; camarada.” - in dicionário



Perdeu-se a noção do que é ser “colega”. Um colega é apenas mais uma pessoa que trabalha connosco, que estuda connosco, que …enfim …faz uma séria de actividades connosco. É alguém que faz parte do mesmo grupo que nós. Infelizmente, ser colega, actualmente, não significa nada. É apenas mais uma pessoa no meio de tantas outras. Como é apenas um colega não importa nada se está doente, não importa saber o motivo pelo qual se ausentou, não importa saber porque está triste, alegre, porque chora, porque chegou tarde. Instalou-se a ideia de que não devemos perguntar nada ou dizer nada porque é apenas um colega e, portanto, não devemos invadir a vida dele, não temos que ver com ele. Mas se fosse um amigo! Certamente seria diferente. Ou não? Pois é, certamente seria!

A virtualidade trouxe-nos muitos amigos. Temos inúmeros amigos no facebook e é com eles que convivemos. Mas os amigos do facebook não vêm, no momento exacto, os nossos rostos alegres, tristes, preocupados, ensimesmados,…Apenas os colegas do dia-a-dia têm esse privilégio. Porque trata-se de um privilégio ter um colega que se importe connosco.

Infelizmente, a realidade (que não é a mesma do Fernando Pessoa) diz-nos que aquele privilégio está a extinguir-se porque não é cultivado. Os colegas não são cultivados. Estamos na era do cultivo dos amigos virtuais.

Ter um colega é um privilégio e como tal merecedor do nosso apreço, respeito e admiração. Constato, infelizmente que tal como o dito privilégio também a noção de Colega se está a extinguir.

São os chamados “Tempos Modernos”.

7.11.2014

E.P.


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Qual o critério de avaliação do "Sofrimento"






Qual o critério de avaliação do Sofrimento


A humanidade tem vindo a ser alertada para as circunstâncias que gradualmente vão chegando, no que respeita às vivências pessoais, familiares, profissionais, afectivas, sociais, a um nível global. São, “os sinais dos tempos”.

Estes são os tempos de avaliação não da nossa capacidade de sofrimento, mas sim da tradução que cada um faz, do que chamamos “sofrimento”
São duas as vertentes principais do sofrimento: o físico e o emocional, que por sua vez interagem e se promovem. Duas são, também, as principais razões da existência do mesmo: alerta e redenção.
As facetas das nossas vidas estão interligadas, e assim mesmo estão interligadas directamente com as vidas dos que nos rodeiam, a nossa família cármica, e no global com tudo o que existe, com o Todo.
Qualquer sofrimento sentido deve ser visto como um sinal de alarme ao sentido dos desejos ou desvio do Caminho.
Qualquer sofrimento infligido deve ser corrigido, pois este torna-se bloqueio no nosso percurso evolutivo
É hora de nos desfazermos da ilusão (bastante conveniente) da existência de uma entidade externa, castigadora, que volta e meia, despeja sobre nós a sua justiça, sob a forma de algum tipo de sofrimento.
A Entidade Suprema, essa existe, mas somos nós próprios, numa dimensão subtil de existência. O modo como estamos na vida, consciente ou subconsciente é a causalidade onde germinam todos os acontecimentos dessa mesma vida, os doces, e os amargos.
Na vida de todos nós existem dois factores incontornáveis, a data do nascimento ( o vir da luz ) e a data da partida ( o regresso à luz).
Neste entremeio temporal, é de nossa escolha o que fazer com o tempo que nos é concedido, mantendo acesa a tocha do Caminho da Iluminação.
Na maior parte das pessoas onde existe sofrimento, este, é a alavanca que tenta deslocar a subconsciência (automatização comportamental) para uma supra-consciência (actuação lúcida em todas as vertentes do ser), porque não podemos mais continuar adormecidos.
Estes são os tempos onde por tantos meios somos estimulados a despertar para uma nova realidade, onde tudo se relativiza pela compreensão das causas, onde tudo se recria, na realidade superior e eterna.
Sim porque tudo é relativo…qual o nível de consciência que usamos como critério de avaliação dos nossos sofrimentos? Em relação aos que nos rodeiam, e a todos os seres? Este é hoje o teste a que todos estamos submetidos.
Só pela compaixão activa, se pode transmutar o mundanismo, o egoísmo, o egocentrismo, a arrogância, a vaidade, porque o tempo, é chegado! É a hora de dar as mãos, movidos apenas pela intenção duma real justiça humanitária e fraterna.
É o único meio, e o tempo esgota-se…


Maria Adelina de Jesus Lopes





sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O segredo da abundância total - de que precisas?







De que precisas? 



Aquilo que precisamos, retorna a nós, rigorosamente, na proporção, medida, e “qualidade” daquilo que doamos


Focalizemos a nossa reflexão sobre os receptores, aqueles que por norma, recebem.
Abundante é o acervo de pareceres acerca do conceito de doação quando gerado num verídico altruísmo. Quando doamos em generosidade, abrimos as comportas, iniciamos o processo de partilha, este só se completa, na medida da receptividade e ressonância frutífera, à nossa doação.
São inúmeras as fontes que o Universo colocou à disposição dos sequiosos do saber, do relembrar. Também nestes casos, se aplica a máxima “quanto maior o conhecimento, maior a responsabilidade”.
As escolhas que fazemos, e em tudo na vida, são a emissão de onda que vai retornar a nós, mais fortalecida, com o conteúdo que emitimos ou que sonegamos. Qual o teor nutritivo desse conteúdo que aproveitamos como receptores? Proveito, gratidão, passagem de testemunho? Sofregamente bebe-se de todos os açudes, sem se retirar o real provento dos mesmos…tão simplesmente porque, detemos o fluxo, barricamos em nós o conhecimento, a dádiva, e como uma pequena semente sem terra, esta morre, sem ter sequer nascido. Maioritariamente, ainda, os que buscam dádiva, consolo, serviços, raramente se colocam no papel de doadores, de consoladores, de servidores…
O nosso quinhão de terra, aquele onde podem germinar as nossas sementes, é a partilha franca, despojada.
Na procura de respostas e bem-estar, procura-se aconchego na proximidade de outros seres com as mesmas inquietações, no entanto, impõe-se ética e responsabilidade. O cuidado primordial a ter é de manter o circuito energético em expansão, em doação, seja no nível individual, seja no grupal. Se o foco de trabalho se centra no individualismo egocêntrico movido pelo anseio básico de “receber” a corrente sinergética torna-se num processo de retro alimentação viciada e tóxica, e mantém-se igual, como um charco de águas paradas.
As Leis Cósmicas são imutáveis e sempre presentes…Carma = Causa e Efeito…
“Só recebe quem estiver preparado para dar” Gandhi
 A simplicidade deste ensinamento antigo é Lei : recebemos em conformidade com o que doamos! Tudo o que sentes que precisas, dá! e receberás em abundância...
Trabalho, presença, tempo, conhecimentos, meios, todos temos algo para doar, não o que nos sobra, mas aquilo que nos faz bem… o que aprendemos, o que recebemos, são as sementes que nos tocaram, e a seara está por todo lado…
Amigos, nestes tempos de mudança, vamos mudar a agulheta que norteia os nossos medos! A saúde, a abundância, a paz, a alegria, são o resultado da libertação do foco na carência, no individualismo egoico, no comodismo.
Vamos espraiar a nossa Luz por esse imenso espelho que são todos os que nos rodeiam. Vamos elevar a vibração do nosso coração, que por ressonância, envolva tudo e todos no Planeta.


“Paz na Terra aos Homens de Boa-Vontade”



Maria Adelina de Jesus Lopes