Bem-vindos a este espaço de partilha de todos para todos

segunda-feira, 31 de março de 2014

Reflectindo - Nobre Povo


Reflectindo – Nobre Povo

A inércia não é a bandeira dos lusos (os povos da luz)
Mas para se combater a inércia destes tempos, só existem duas armas: Conhecimento e Vibração

Conhecimento do que somos, para onde vamos, e com tal delinear o percurso

Vibração que se obtém pelo reacender do Espírito Santo, nossa herança, nosso farol

Os combates do passado, feitos com armas, serviram para proteger um reino criado com um fim específico
Os combates do agora, são lides duma consciência maior, impressa na nossa matriz cuja hora é chegada

Seriam tantos os exemplos a expor da destruição planeada, metódica, deste nosso país, que seria inútil e contraproducente, dado que toda menção se engrandece com a energia dos que nela vibram.

Apenas como exemplo afloramos um dos mais recentes e grosseiro, baseado na crença da idiotez do povo luso…duas medidas aparentemente alheias uma da outra, mas que fazem parte do mesmo fim. 
Numa ponta, o estímulo forçado à emigração da coluna vertebral de um país, os seus jovens. Na outra ponta, a paulatina “eutanásia” dos seus idosos, cujas condições de vida são o sustentáculo moral de qualquer povo. 
Ou seja acabar com uma raça! É, o propósito da boçal oligarquia que há vários anos rege, na matéria, este país.

Mas a raça lusa não é uma raça qualquer, é o Reino de Portus Graal e vestirá de novo as túnicas que reflectem a luz, arregaçará as mangas e a vontade, e pelo sistema mais evoluído que existe, uma anarquia superior, fará renascer Portugal.

Mas não nos iludamos (mais uma vez) uma anarquia superior é composta pelos mais elevados valores e princípios que possamos conceber:

Liberdade, de todos os seres que partilham connosco este espaço/tempo

Igualdade, de todos e para todos, em direitos e deveres

Fraternidade, de serviço ao outro como se o outro fosse o nosso eu

O conhecimento aplicado a que se chama Sabedoria, é a escola onde se aprende este “regime” de estar e ser, pautado por elevados graus de desprendimento, altruísmo, trabalho árduo, produtivo, e plena compaixão.

Povo Luso, a hora é chegada…

Maria Adelina



Reflectindo – O Zoo




Reflectindo – O Zoo

Após tomar conhecimento da notícia, tentei seguir os protocolos pessoais para a diluição da carga negativa da mesma, e seus efeitos imediatos na minha psico-esfera.
Analisei, de mim para comigo, o significado da existência dos zoos, o confinamento de animais em condições precárias, desenraizados dos seus habitats e condições de vida naturais, tão só, para o divertimento dos seres humanos.
Tentei ainda argumentar comigo mesma, que estes campos de concentração eram locais de estudo, onde o ser humano podia aprender a conhecer os animais de outras raças que consigo partilham o planeta azul…Como se fosse possível que a alma colectiva destes seres pudesse exprimir a sua identidade ou evolução em humilhante cativeiro…
No entanto, (a minha argumentação continuava), os zoos sempre tiveram uma aureola de magia, de santuário, onde os animais eram recolhidos (custa menos esta palavra que dizer capturados)  assistidos, onde raças em extinção seriam protegidas etc., etc. enfim, onde o fim justificava os meios, e a exploração dos mesmos como atracção de feira.
O abate de uma girafa num zoo de um país de “primeira linha” europeu, por motivos de falta de espaço, diluiu todas as bolinhas de sabão ilusórias, se é que ainda restava alguma, acerca das razões que levam o ser humano à profunda falta de respeito pelos animais. O homem ainda não percebeu que este, e os mais corriqueiros exemplos com que nos cruzamos a toda hora no nosso dia-a-dia, de fazermos, ou calarmos, ofensas a animais, é o que sela o nosso próprio destino quer individual quer colectivo.
Mas, mais que a decisão em si mesma de tirar a vida a um animal por conveniências logísticas, a barbárie contida na execução e esquartejamento público, cuja assistência eram maioritariamente crianças, é de arrepiar, e um registo do baixo nível de tantas consciências, e da abominável falta de respeito quer pelos animais quer pelos humanos. Que resultados trará no futuro a marca indelével deste acto no comportamento daquelas crianças que a ele assistiram, e dos milhões que o visualizaram pela redes globais.
Que exemplo lhes foi transmitido?...

Lembremos que é também na Dinamarca que anualmente se chacinam milhares de golfinhos, por centenas de pessoas que ali acorrem para esse festival de sangue e morte.
Por motivos bem menos importantes que estes, estariam  já vários países do mundo a moverem as suas acções de penalizações, económicas ou outras, contra a Dinamarca…porque não nestes casos? em que a motivação é o mais alto valor da humanidade…o respeito pela vida.

A conclusão desta reflexão é a de que muito mais que a situação dos animais, é o HOMEM que continua agrilhoado.

Maria Adelina







INSiDE - Dissociative Identity Disorder

segunda-feira, 24 de março de 2014

Mestres de Sempre - Friedrich von Novalis


"Vence a Tua Inércia! O destino que nos oprime é a inércia do nosso espírito. Através do alargamento e formação da nossa actividade transmutamo-nos, nós próprios, em Destino.
Tudo parece fluir para nós vindo do exterior, porque nós não fluímos para o exterior. Somos negativos, apenas, porque o queremos - quanto mais positivos nos tornarmos, mais negativo será o mundo à nossa volta - até que, por fim, já não haverá negação e nós seremos tudo em tudo.
Deus quer deuses.
Se o nosso corpo, em si mesmo, não é senão um centro de acção comum dos nossos sentidos - se nós possuímos o domínio dos nossos sentidos - se os podemos fazer agir à vontade - se os podemos centrar em comunidade, então não depende senão de nós o darmos a nós próprios o corpo que queremos.
Sim, se os nossos sentidos não são senão modificações do órgão pensante - do elemento absoluto - então poderemos, também, pela dominação deste elemento, modificar e dirigir, como nos agradar, os nossos sentidos"


Friedrich von Novalis,
1772 // 1801 



quinta-feira, 13 de março de 2014

NÃO QUERO MORRER…..Júlio Isidro


NÃO QUERO MORRER…..
NÃO, NÃO ESTOU VELHO!!!!!! NÃO SOU É SUFICIENTEMENTE NOVO  PARA  JÁ SABER TUDO!

Passaram 40 anos de um sonho chamado Abril.
E lembro-me do texto de Jorge de Sena…. Não quero morrer sem ver a cor da liberdade.

Passaram quatro décadas e de súbito os portugueses ficam a saber, em espanto, que são responsáveis de uma crise e que a têm que pagar…. civilizadamente,  ordenadamente, no respeito  das regras da democracia, com manifestações próprias das democracias e greves a que têm direito, mas demonstrando sempre o seu elevado espírito cívico, no sofrer e ….calar.
Sou dos que acreditam na invenção desta crise.
Um “directório” algures  decidiu que as classes médias estavam a viver acima da média. E de repente verificou-se que todos os países estão a dever dinheiro uns aos outros…. a dívida soberana entrou no nosso vocabulário e invadiu o dia a dia.
Serviu para despedir, cortar salários, regalias/direitos do chamado Estado Social e o valor do trabalho foi diminuído, embora um nosso ministro tenha dito decerto por lapso, que “o trabalho liberta”, frase escrita no portão de entrada de Auschwitz.
Parece que  alguém anda à procura de uma solução que se espera não seja final.
Os homens nascem com direito à felicidade e não apenas à estrita e restrita sobrevivência.

Foi perante o espanto dos portugueses que os velhos ficaram com muito menos do seu contrato com o Estado  que se comprometia devolver o investimento de uma vida de trabalho.Mas, daqui a 20 anos isto resolve-se.
Agora, os velhos atónitos, repartem o dinheiro  entre os medicamentos e a comida.
E ainda tem que dar para ajudar os filhos e netos num exercício de gestão impossível.
A Igreja e tantas instituições de solidariedade fazem diariamente o milagre da multiplicação dos pães.

Morrem mais velhos em solidão, dão por eles pelo cheiro, os passes sociais impedem-nos de  sair de casa,  suicidam-se mais pessoas, mata-se mais dentro de casa, maridos, mulheres e filhos mancham-se  de sangue , 5% dos sem abrigo têm cursos superiores, consta que há cursos superiores  de geração espontânea, mas 81.000  licenciados estão desempregados.
Milhares de alunos saem das universidades porque não têm como pagar as propinas, enquanto que muitos desistem de estudar para procurar trabalho.
Há 200.000 novos emigrantes, e o filme “Gaiola Dourada”  faz um milhão de espectadores.
Há terras do interior, sem centro de saúde, sem correios e sem finanças, e os festivais de verão estão cheios com bilhetes de centenas de euros.

Há carros topo de gama para sortear e auto-estradas desertas. Na televisão a gente vê gente a fazer sexo explícito e explicitamente a revelar histórias de vida que exaltam a boçalidade.
Há 50.000 trabalhadores rurais que abandonaram os campos, mas  há as grandes vitórias da venda de dívida pública a taxas muito mais altas do que outros países intervencionados.

Há romances de ajustes de contas entre políticos e ex-políticos, mas tudo vai acabar em bem...estar para ambas as partes.
Aumentam as mortes por problemas respiratórios consequência de carências alimentares e higiénicas, há enfermeiros a partir entre lágrimas para Inglaterra e Alemanha para ganharem muito mais do que 3 euros à hora, há o romance do senhor Hollande e o enredo do senhor Obama que tudo tem feito para que o SNS americano seja mesmo para todos os americanos. Também ele tem um sonho…

Há a privatização de empresas portuguesas altamente lucrativas e outras que virão a ser lucrativas. Se são e podem vir a ser, porque é que se vendem?
E há a saída à irlandesa quando eu preferia uma…à francesa.
Há muita gente a opinar, alguns escondidos com o rabo de fora.

E aprendemos neologismos como “inconseguimento” e “irrevogável” que quer dizer exactamente o contrário do que está escrito no dicionário.

Mas há os penalties escalpelizados na TV em câmara lenta, muito lenta e muito discutidos, e muita conversa, muita conversa e nós, distraídos.
E agora, já quase todos sabemos que existiu um pintor chamado Miró, nem que seja por via bancária. Surrealista…

Mas há os meninos que têm que ir à escola nas férias para ter pequeno- almoço e almoço.
E as mães que vão ao banco…. alimentar contra a fome , envergonhadamente , matar a fome dos seus meninos.

É por estes meninos com a esperança de dias melhores prometidos para daqui a 20 anos, pelos velhos sem mais 20 anos de esperança de vida e pelos quarentões com a desconfiança de que não mudarão de vida, que eu não quero morrer sem ver a cor de uma nova liberdade.

 

Júlio Isidro

 

 

 

segunda-feira, 3 de março de 2014

Sobre o Espírito Santo




Do Pentecostes e do Espírito Santo 


de Pedro Teixeira da Mota  em 12 Fev 2014




   O Espírito santo na tradição ocidental cristã surge a partir do Antigo Testamento com a palavra "ruah", tanto no sentido de vento, respiração e sopro, ou ainda de pessoa ou sujeito de experiências vitais, mas sobretudo como poder de Deus ou presença divina no mundo, uma força impessoal, desde o espírito que pairava sobre as águas no Génesis, ao sopro de Deus que é insuflado em Adão e Eva. Mais tarde temos o espírito de Deus agindo sobre certos indivíduos, que vão ser sobretudo os profetas, dotando-os ou enchendo-os de uma força que lhes intensifica a capacidade de visão e conselho ou orientação.

Por fim, no Novo Testamento, temos o espírito que fecunda Maria, símbolo da alma receptiva, e desce sobre Jesus, e o unge ou torna messias, aquele que realiza mais plenamente o espírito divino e que no fim, como qualquer mestre, precisa de se ir embora para que venha o outro, o que está latente em cada um dos discípulos, e ora é soprado nos discípulos pelo mestre ora desce (ou sobe) no Pentecostes...

A expressão escolhida, para esse espírito, de Consolador, como tradução do Paráclito grego e que também pode ser o Confortador, o redentor, o advogado, o suportador, sendo uma tradução bem própria da época das perseguições do cristianismo nascente, parece-me que poderá ser hoje mais vista e acolhida como significando o guia interior, o Mestre, o Espírito divino e amoroso-sábio em nós e que certamente, ao ungir ou descer sobre a nossa consciência, também suaviza as agruras e sofrimentos desta vida terrena, em tantos casos verdadeiramente difícil...
No Novo Testamento não encontramos pois uma teologia do Espírito santo firme, bem pelo contrário: Marco, Mateus e Lucas falam muito pouco dele, nas cartas de S. Paulo tanto surge ainda o espírito de Jesus como já o Espírito santo e é só no evangelho bem mais posterior de S. João, muito influenciado pela sabedoria grega e os mistérios, que o Espírito santo é identificado com o Logos, o Princípio ou Ser de Amor-Inteligência que rege ou dá coesão ao universo manifestado.

Ao longo dos séculos as interpretações e vivências foram imensas e tão diversas que destacaríamos apenas as da demanda do santo Graal (em que o Espírito santo desce sobre a távola redonda ou sobre o vaso do coração) e as de Joaquim de Fiora e dos franciscanos espirituais que consideravam que estávamos a entrar na era do Espírito santo, que sucedia à do Pai e do Filho, e que se caracterizaria pelo aparecimento de cada vez mais seres espirituais abertos ou mesmo identificados ao Espírito e já não tão dependentes de doutrinas, dogmas ou cerimónias exteriores...

Temos assim um amplo leque de opções de trabalho e de relacionamento com o Espírito... Tudo está em aberto... O seu espírito, a energia divina ou shakti no ser humano, o amor que está em nós e dá asas unificadoras, o espírito de Jesus, o espírito divino no Universo, a terceira pessoa da trinitarização divina..., muitos aspectos para poder abrir o seu coração e despertar mais o espírito em si...

Silencie, ore, medite, contemple e avance então criativamente na descoberta de si próprio e de Deus, cumprindo o preceito da sabedoria grega: conhece-te a ti próprio e conhecerás os deuses ou o Divino...

Coopere na tradição espiritual portuguesa do Espírito santo, contribua hoje com algumas ondas ou partículas luminosas, meditando, reflectindo e comungando com ou no Espírito.... Amor...     



Pedro Teixeira da Mota