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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Apenas o Universo é auto-referente







Reentrar na "grande celebração, o próprio universo"





“No mundo fenomenal apenas o universo é auto-referente. Cada ser no universo é referente ao universo. Apenas o universo é um texto sem um contexto natural. Todo o ser particular tem o universo por contexto. Pôr em causa este princípio básico tentando estabelecer o humano como auto-referente e os outros seres como referentes ao humano no seu valor primário subverte o mais fundamental princípio do universo. Uma vez que aceitamos que existimos como um membro integral desta mais ampla comunidade de existência, podemos começar a agir numa forma humana mais apropriada. Podemos até entrar uma vez mais nessa grande celebração, o próprio universo”

- Thomas Berry, The Sacred Universe, Nova Iorque, Columbia University Press, 2009, p.138.



segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Já não há heróis?






Já não há heróis?







“Já não há heróis”, é o título de uma interessante canção já com alguns anos mas que representa bem o ciclo temporal que estamos a vivenciar.
No entanto, e talvez como sinal da mudança, tenho-me deparado ultimamente com muitos heróis ou melhor dito heroínas.
Dentro de um alargado círculo de amizades são vários os casos dos novos navegadores que no feminino, reabilitam a coragem de um povo esquecido da sua glória, perdida nas ufanas crises desfraldadas pela vilania e desresponsabilização daqueles a quem outorgamos o poder de nos “governar”.
Maioritariamente apenas acompanhadas pelos filhos abraçam lá fora, a esperança da conquista daquilo que deveria ser um direito natural no seu país, trabalho, segurança, saúde, educação.
Já são tantas, que simbolizadas por notas, poderíamos compor muitas canções; a das heroínas - mulheres portuguesas - jovens com formação - cujo medo, como que por alquimia se transforma na confiança que transmitem aos filhos para que estes não se sintam estrangeiros longe do seu país.
A raça destas mulheres é aquela que dará frutos para estruturar um novo mundo no seio doutras culturas que as acolhem, e realçam as capacidades e o proveito.
Heróis? Sim existem! São mulheres lusitanas as heroínas do agora.

Maria Adelina de Jesus Lopes

Nota : este simples texto é uma homenagem a todas estas mulheres e seus filhos, as que conheço e as que desconheço, entre as quais a minha filha e também o meu neto que do alto dos seus 4 anos plenos de maturidade e coragem me dizia há dias
“sabes avó só não gosto muito de estar na Alemanha porque eles aqui falam alemão…mas eu aprendo avó, eu aprendo!”