Bem-vindos a este espaço de partilha de todos para todos

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Pré-Conceito





Somos muito preconceituosos e continuamos a viver em função da aparência, daquilo que é socialmente aceite e faz bem às vistinhas. Não há tempo para a reflexão, para a introspecção, para o exame diário da nossa consciência. Claro que há tempo, mas é mais importante o caminho fazer-se pela via mais fácil. Dá-se uma importância exacerbada ao que não merece cuidado ou dedicação de tempo. Não direccionamos a nossa atenção ao apelo que o universo nos faz para acalmarmos, para darmos tempo ao tempo, para reaprendermos a escutar o nosso coração e a escutar os outros. Para rirmos e sermos felizes.
A letargia impôs-se.
A ignorância arrepiou caminho por entre os trabalhadores (em busca da consciência).
A confiança perdeu-se.
Ainda a propósito do preconceito:

Sou preconceituosa quando não aceito as calças esfarrapadas;
Sou preconceituosa quando recuso a mão negra do pedinte;
Sou preconceituosa quando aceito a mundanidade.
Sou preconceituosa, quando não perdoo os meus agressores.
Tomei uma decisão:
Vou deixar de ser preconceituosa.
Só por hoje.
Todos os dias.


Elisabete Pinho




segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Eu, me confesso









Eu, me confesso










Na senda de esperança de que é feita a auto descoberta pela via do ReiKi, eu confesso que por vezes desrespeito um dos seus 5 princípios, aquele que diz…não te zangues…sendo um dos motivos da minha “zanga” a perspectiva que algumas pessoas inculcam noutras, acerca do que é o ReiKi.

O interesse sobre a formação em ReiKi, e na sua larga maioria, ainda se pauta pelas seguintes interrogações:
Quando é – Quando tempo demora – Quanto custa – Posso fazer logo todos os níveis?
…e nem sempre por esta ordem…

E eu pergunto-me porquê as perguntas não poderiam ser:
Que experiência tem como mestre de ReiKi - Qual a linha de ReiKi que advoga - O que é para si o ReiKi - O que encontrarei no ReiKi - Estarei eu preparada/o para o conhecimento do ReiKi?

E questiono-me quem e porquê destituiu a dignificação da Consciência Energética Universal a que chamamos ReiKi da sua sacralidade, amplitude e profundidade.
E interrogo-me em que latitude aquém Pacífico se contaminou a ancestralidade do conhecimento, se suprime a gnose, e esta dádiva é transformada num produto mercantil hoje estruturado e sistematizado por “associações” que se arvoraram em proprietárias do conhecimento do ReiKi, ou seja do Espírito Universal.
Quando afirmamos que o ReiKi é diferente, esta diferença é o simples facto de que este tem duas vertentes. Numa primeira e básica abordagem, o ReiKi é realmente uma terapia, que actua no imediato, em qualquer área dos corpos e nivela, vitaliza, harmoniza, e abre os portais à cura. Mas quem tem que passar os portais é a própria pessoa, sejamos nós ou outro, que veio à procura de ajuda.
Mas tenhamos presente que não se consegue passar os portais com as vestes que sempre se usou, é preciso efectivar a reforma interior, dar início ao processo da cura da Alma.
A outra faceta do ReiKi é a vertente espiritual, porque a Energia é Sagrada, é a expressão do Espírito ao serviço pela entrega total, que paira sobre todos, está ao alcance de todos.
Caros colegas, amigos, vamos recuperar a compreensão e o respeito pela tradição, não a limitadora, mas a sábia, que nos ensina que o processo é por vezes longo, mas fascinante. Não se “formam” pessoas em ReiKi, menos por atacado….ReiKi, é um estado de consciência a atingir gradualmente, conforme vamos fazendo, e de que forma fazemos o TAO (Caminho)….Porque não é a ferramenta que faz o trabalhador, é a prestação e o equilíbrio do trabalhador que atrai a si, mais e melhores ferramentas.
- Chegando a hora, nenhuma condição impede que um ser seja iniciado
- Que todo iniciado perceba a dimensão duma iniciação
- Que todo “mestre” saiba o significado da maestria.
Somos uma família, em que cada um de nós é em si mesmo uma semente, que a seu devido tempo vai desabrochar, ser Água Viva para tudo o que o rodeia, ser a boa semente de outros campos, pelo que devemos ainda fortalecer-nos, que o caminho é longo na sua imaterial beleza.



Maria Adelina



quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Os Presentes




Os Presentes






O simbolismo dos Reis Magos continua entre nós. Estes Seres que não eram Reis mas Sacerdotes de grande sabedoria, levaram a Jesus e àqueles que o deviam proteger na sua infância, José e Maria, elementos de grande significado e protecção.
Foi a sua presença que “certificou” perante a humanidade o destino de Jesus recém-nascido, inspirando (Epifania) a adoração àquele pequeno Ser.
Naquele então presentearam-no com:
- Ouro, símbolo que representa a perfeição divina e dignidade real, a elevação. Este foi o presente que lembrava a José e Maria a identidade de Jesus.
- Incenso, fragrância da humanidade ascendida, a fé, a expressão do Logos, a voz que chega ao Pai, a prece percebida em todo o cosmos
- Mirra, unguento de grande poder de cura e telepatia, transcendente, mediúnica, purificadora, de modo a evitar a contaminação dos corpos subtis de Jesus pela densidade planetária.
No momento actual em que a presença e a palavra de Jesus é o reflexo da Energia Crística em cada um de nós, somos Ungidos de novo com os presentes da sabedoria para aqueles que os quiserem aceitar. Actualmente:
- O Ouro é o auto-conhecimento que nos eleva à nossa identidade
- O Incenso é a palavra precisa, imaculada, consagrada, pois cada palavra emitida é criadora.
- A Mirra é a veríssima intenção com que abrimos os portais do nosso caminho espiritual e a sua partilha com os outros

Honremos a Epifania em nós

Paz na Terra e no Céu a todos os Seres de Boa Vontade



A.

6 de Janeiro 2016






segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

As correntes do dever





Quando se acende um lampião, é como se fizéssemos nascer mais uma estrela, mais uma flor. Quando este se apaga, porém, é apenas a estrela ou a flor que adormecem criando tempo em quem dele precisa.
Antoine de Saint-Exupéry



As correntes do dever


As mais pesadas correntes não são as externas mas aquelas que nos impomos inconscientemente, na consciência já desperta.
No estreito e pedregoso caminho do iniciado surge a cada passo a glória da concepção de pequenos paraísos que constrói sem esforço com as fundações omnipotentes, irradiantes, de si mesmo.
Essas edificações não têm como finalidade a durabilidade, mas sim a demonstração da possibilidade da sua existência a ocorrer num futuro, em que todos os seres saberão de que são feitos, e aprenderão a usar a integralidade da sua essência como material de construção de uma outra realidade.
O dever torna-se então um conceito de arremesso entre a programação arcaica da mente e a delicada percepção de um todo sem barreiras espaço/temporal onde é premente perceber e acatar, os ciclos de tudo quanto existe.
Pioneiros, moldam horizontes que a acuidade visual e perceptiva da maioria ainda não distingue, e um rasto do exercício da sublimação do ego.
Deixam pegadas perenes, sentidas tão só, pela energia do coração.
São imensamente gratos quando nesta realidade se cruzam com as ondas binaurais que indicam a conclusão duma sementeira, e a hora de acender novas estrelas no infinito, iluminando caminhos.



A.






sábado, 2 de janeiro de 2016

De mudança?






Conta uma popular lenda do Oriente que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:
– Que tipo de pessoa vive neste lugar?
– Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem? – Perguntou por sua vez o ancião.
– Oh, um grupo de egoístas e malvados – replicou o rapaz – estou satisfeito de haver saído de lá.
– A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui – replicou o velho.
No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:
– Que tipo de pessoa vive por aqui?
O velho respondeu com a mesma pergunta: – Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu: – Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.
– O mesmo encontrará por aqui – respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:
– Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu:
– Cada um carrega no seu coração o  ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controlo absoluto.

Contos do Oriente