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domingo, 23 de julho de 2017

Coerência e Coesão…




Coerência e Coesão…

A palavra texto do latim “textum”, significa tecer, entrelaçar.
Ao dar início a este, lembrei desta definição e da comparação que podemos fazer com a nossa postura de vida e na interacção obrigatória com tudo e todos com quem nos é dado conviver.
Coerência e Coesão comportamental são essenciais ao processo de maturidade mental e consciencial, meta do nosso percurso.
A falta destes componentes, ou a sua rejeição, formam imagens distorcidas para o próprio, e consequentemente para os outros, de comportamentos confusos, profusamente contraditórios, rebeldias ressessas, ou ainda estímulo a opções danosas facilmente assimiláveis por espíritos fracos ou desajustados. Esta mistura obviamente se traduz em falta de credibilidade ou na sensação de estarmos perante petizes a fazerem uma birra, o que não fica bem àqueles que detêm a responsabilidade de per si ou per outros, de serem adultos.
A coesão é uma ponte de ligação subtil mas harmoniosa entre ideais, que deve encaixar, ajustar-se numa continuidade compreensível, sadia, numa flexibilidade integrativa, numa lógica que transmita confiança e seriedade.
A coerência, é essa mesma lógica sempre receptiva à sua própria e mais elevada qualificação, mas, mantendo integra a génese do que somos numa constância fértil, produtiva, e sempre em ascensão.

Haja Luz, que fomente a Paz em todos os corações


Maria Adelina







segunda-feira, 10 de julho de 2017

"Viagens" - A droga de qualquer tipo - Por Omraam Mikhaël Aïvanhov



Quando se esforçam para demonstrar que não existe Deus, nem providência, nem Céu, nem qualquer esperança de vida depois da morte, os pensadores materialistas negam tudo o que dá sentido à existência humana: a realidade da alma e do espírito. Eles têm sustentado que, para o homem poder ser feliz, bastar-lhe-ia ter com que se alimentar, onde habitar, poder constituir família e estudar. Ora, na realidade, o que é que se passa? Acontece que, mesmo quando deu ao corpo, ao coração e ao intelecto tudo o que estes lhe pediam, o homem não se sente satisfeito. Verificamos isso todos os dias, em toda a parte. E por que não está ele satisfeito? Porque não cuidou de alimentar a alma e o espírito, que têm fome e sede e que reclamam! Por isso, o uso da droga – que se expande cada vez mais pelo mundo e principalmente entre os jovens – é uma advertência. É a alma que tenta fazer compreender as suas necessidades: ela sufoca e serve-se da droga para se libertar. Havia que libertar as pessoas do ópio que era a religião, não é verdade? Agora, aí estão a marijuana, a heroína, a cocaína… Será preferível? 

A alma tem necessidade do espaço infinito e, quando se sente limitada, asfixiada, procura evadir-se por todos os meios. O álcool e as drogas fazem parte desses meios porque têm a propriedade de afastar a alma do corpo físico e, portanto, ao menos por um momento, dão-lhe uma ilusão de liberdade e de espaço. É por não saberem como satisfazer esta necessidade de evasão da sua alma que os jovens, coitados, se drogam. Mas isso não é a solução, porque a droga é um elemento químico que se dá ao corpo. Ora, a necessidade de evasão vem da alma, não do corpo. A droga é um indício de que a alma pretende viajar pelo espaço infinito, mas não é a droga que pode satisfazer a alma; e não só não pode satisfazer a alma, como ainda destrói o corpo. Por isso eu não aconselho ninguém a utilizá-la, qualquer que seja o pretexto. Só por meios espirituais se deve procurar a alegria, a dilatação, a liberdade, a plenitude. 

Os verdadeiros adeptos da Ciência Iniciática não contam com nada que seja exterior; eles sabem que Deus colocou dentro deles todas as possibilidades, todas as riquezas, todas as substâncias de todos os laboratórios. E é aí que se deve procurá-las. Claro que isso exige muito tempo e requer esforços quotidianos, mas vale a pena. O alimento que absorverdes nas regiões sublimes da alma e do espírito saciar-vos-á durante dias e dias, porque no plano divino há elementos de uma tal riqueza que, se conseguirdes prová-los, por uma só vez que seja, a sensação de plenitude nunca vos abandonará. Nada poderá tirar-vos essa sensação de imensidão e de eternidade. 

Omraam Mikhaël Aïvanhov



sábado, 1 de julho de 2017

A Sociedade Conjugal como Fundação da Família e da Sociedade


A infidelidade auto destrutiva 


Talvez não haja nada errado em transgredirmos as regras de conduta ou sociais, mas ao nos rendermos ao prazer físico, vamos apenas ampliar o desejo e, como um viciado em qualquer substância entorpecente, encontraremos defeitos onde antes enxergávamos a fonte capaz de saciar os nossos desejos, abrandar o calor que incendiava o corpo e apaziguar as inquietudes da mente.
Os relacionamentos costumam ser uma via de mão dupla, mas sem cruzamentos paralelos, e não faz sentido darmos vazão às paixões na falsa esperança de reacendermos o amor doméstico. Afinal, estas experiências de relacionamentos abertos costumam dar mais certo no imaginário do que na nossa realidade.
Há pessoas que buscam num relacionamento estabilidade económico-financeira e não compreendem que a convivência impõe restrições e limitações que, somente podem ser superadas pela convergência de interesses recíprocos e, principalmente, se mantém pelo cultivo de sentimentos profundos e sinceros.
Até mesmo na constância de um relacionamento, um dos parceiros pode se sentir isolado e solitário, reclamando atenção, compreensão e tolerância e, considerando-se inseguro quando desafiado ou confrontado, pode se tornar vulnerável a uma abordagem.
Se procurarmos, vamos encontrar alguém que nos dê mais atenção, que esteja mais disposto a ouvir do que a falar, que não nos critique excessivamente e, talvez, note os pequenos detalhes do nosso corte ou cor do cabelo e até do esmalte das unhas e, ainda, descubra a nossa fragrância preferida ou, queira saber os nomes e os assuntos sem graça que tratamos com os nossos amigos, o que pode despertar as nossas emoções, porque temos uma imensa necessidade de nos sentirmos amados e valorizados.
O interesse é uma máquina extraordinária que movimenta o mundo, infelizmente, nos relacionamentos, ele está atrelado à paixão que, se não se extingue rapidamente, muda para outro objecto de desejo ou pessoa.
Neste caso, a infidelidade pode estar associada a falta de motivação para a vida e a busca irracional por desafios ou conquistas, onde se confunde a procura da felicidade por satisfação do prazer imediato.
Os homens têm maior tendência à traição do que as mulheres, e buscam um novo relacionamento por instinto sexual, como auto-afirmação ou apenas pelo prazer da conquista, enquanto as mulheres o fazem por carência afectiva e até por vingança, embora homens e mulheres estejam sujeitos aos mesmos desejos e paixões, acredita-se que a mulher tenha mais autocontrole e mantenha laços mais fortes com a preservação da integridade familiar, além de reconhecer a maior intolerância social quanto a infidelidade feminina. Independente do género, a infidelidade será sempre um comportamento auto destrutivo que caminha para a falência da sociedade conjugal.
O casamento precisa deixar de ser um lugar sombrio onde nos escondemos dos nossos medos, incertezas e vulnerabilidades, e precisamos vencer a timidez para darmos espaço ao diálogo, inclusive nos momentos mais íntimos, quando há necessidade de verbalizarmos as nossas emoções e sentimentos, com a ousadia do improviso e não a mera formalização do contacto físico, descrição dos actos ou consulta prévia sobre cada posição ou movimento.
A relação íntima não deve ser formal, com hora marcada, como remédio contra insónia, mas também não se deve ter a ilusão de encontros de almas gémeas, cujo contacto seja sinónimo de sincronismo de ideias, prazer e satisfação.

Texto relacionado:
A falência da sociedade conjugal
https://plus.google.com/+LuizCarlosGuglielmetti/posts/U4JXhtjuKJt

Luiz Carlos Guglielmetti