Bem-vindos a este espaço de partilha de todos para todos

quinta-feira, 30 de março de 2017

Venerar, Amar, Praticar






Venerar, Amar, Praticar

“Venerar é demonstrar grande admiração por alguém, ou seja, é demonstrar respeito profundo, o que leva naturalmente a um grande afecto” Dicio

Sob este significado não é difícil navegar pelo rio da nossa vida, desde a nascente, e verificar onde se encontram os ressaltos em que a nossa alma expandiu por via da Veneração a alguém.
Quão abençoados são os que podem sentir Veneração, quão abençoados são os que são Venerados.
No entanto convém saber que a Veneração da alma não é composta de apego, dependência, inveja ou ciúme, isso é fascínio.
Num determinado espaço temporal e principalmente em personalidades imaturas e inconstantes ocorre a fascinação que após o limite das descobertas, provoca no fascinado saturação, competição, ou até inveja e ciúme pelas posturas ou qualidades que no outro o fascinaram.
A Veneração é um dom (individual) composto de profundo Amor pelo que se é no labor diário de auto aprimoramento, na fé da unidade universal, na capacitação de um coração aberto, verdadeiramente aberto à doação, à generosidade, que se auto experiencia pela transcendência da sua própria compreensão.
Com este suporte surge a capacidade de Venerar, não o que o outro é, o seu estatuto, mas o esforço e a intenção que esse outro expressa nas suas próprias lutas, que revela o surgimento intermitente do holograma do seu contorno divino, que por sua vez vai moldando em nós a compaixão suprema, e que por efeito de diapasão nos eleva às oitavas do amor incondicional e da plena gratidão.
Veneração é uma Prática nobre, exercida por poucos, mas possível a todos.
Veneração é a centelha, em nós, do Espírito Criador reconhecendo amorosamente a sua criação.

Maria Adelina

30 Março 2017





terça-feira, 28 de março de 2017

O processo esclavagista continua à vista de todos

   

O processo esclavagista continua à vista de todos

Há dias tive conhecimento que uma amiga tinha participado num concurso de poesia no qual foi classificada, o que me trouxe satisfação e vontade de visitar o local virtual onde podia ter conhecimento do trabalho dela e se possível comentar o mesmo.
Acedi à página, li os trabalhos premiados, inclusive o da minha amiga, e acedi ao local próprio para deixar uma saudação e dar os parabéns quer à instituição pela sua iniciativa cultural, quer aos autores cujos trabalhos foram distinguidos.
Qual não é o meu espanto, ao verificar que só por via do canal facebook era autorizada a publicar comentários na referida página. Esta confrontação trouxe-me à memória outros episódios semelhantes, que acreditei terem sido lapsos dos sites ou quem sabe meu, no acesso aos mesmos.
Mas não amigos…conferi com várias outras pessoas e realmente, só podemos participar na dinâmica duma página camarária (Câmara de Condeixa) instituição pública, ainda penso eu… se o fizermos por um canal privado cujos teores, razões e motivações de existência são comprovadamente antievolutivos e cujas metas ocultas vão sendo perceptíveis a quem se permite ter livre pensamento.
O Sr. Mark Zuckerberg e os seus sócios, podem continuar a sua campanha de domínio mundial (via mental), promovendo a imaturidade global e a dependência, mas como diz o ditado popular “só compra quem quer”.
Já as instituições públicas têm a obrigação natural e inerente à sua própria condição de, em situação alguma, limitarem ou condicionarem o acesso aos seus processos canalizando esse acesso para uma via privada, tendo ainda em conta que quer em Portugal quer no mundo uma grande maioria de pessoas desconhecem o que é o facebook (felizmente), outras tantas não têm acesso à internet, e ainda outras tantas nas quais me incluo não temos o mínimo interesse em acrescentar números a esta via de controlo da Matrix.
Por favor despertemos… Internet e facebook, não são a mesma coisa…Internet é uma excelente e abrangente ferramenta de trabalho, facebook é um grupo (entre vários outros com o mesmo objectivo) liderado por meia dúzia de pessoas com a opção bem definida de dirigir as escolhas, a vontade, a liberdade, e o crescimento consciencial da humanidade.
A todos aqueles que aspiram a um futuro humanístico para os seus filhos e netos recomendo ler ou reler George Orwell que há décadas nos alertava com previsões para esta anestesia intelectual que está a afectar milhões de seres incluídas crianças e jovens.

Maria Adelina de Jesus Lopes



quarta-feira, 22 de março de 2017

Inspiração, Heróis e Samurais...a saga continua...


Como corolário das últimas publicações neste blogue cuja receptividade agradeço, envio esta conversa com  o Doutor Paulo Vieira de Castro, numa abordagem diversa, que nos permite ver e sentir que sim, que a esperança existe, que os heróis ainda podem ser resgatados em nós e por nós, e que os Samurais sendo poucos, mas andam por aí, acreditem...apresento-vos um, o estimado amigo Paulo Vieira de Castro


domingo, 19 de março de 2017

Quem são as nossas fontes de inspiração?



Perguntaram-me há dias…onde te inspiras?

Questão profunda na sua leveza que me fez pensar o que até então nunca havia pensado, é que também pela inspiração somos agentes de transformação, a ampliar a luz, a transmutar a sombra, pois são ambas motivos de inspiração. E vários factores ocorreram-me à memória:
- Os exemplos dos avós que conheci, analfabetos de letras e doutorados em nobreza de valores morais e fraternos (palavras proscritas nos dias de hoje)
- Às freiras do colégio que frequentei que me ensinaram como não queria ser quando fosse grande
- Aos filhos a quem honro pelo que se tornaram e são Pai e Mãe dos seus próprios filhos
- Aos amigos, companheiros de caminho com quem se ombreia o peso das dúvidas e das tristezas, dos desafios, mas também o da esperança, partilha de saberes, trabalho, presença no longe ou no perto, braço e abraço conforme seja a ocasião
- Mas também a quem nos procura só quando se coloca a sua necessidade individual ou satisfação do ego, os que primam pela ausência de partilha ou gratidão, os que perderam um dos sentidos do que é receber e dar
- Ao mar, voz da minha ancestralidade – Ao vento, murmúrio da minha dimensionalidade – Ao girassol que me indica: roda, não pares, segue a luz solar – Ao sol, farol de retorno ao lar - À chuva, alimento das minhas raízes, purificação
- Aos “animais”, a quem tive a bênção de ter por companheiros por tantos anos, que me ensinaram os princípios do amor incondicional
- Aos livros, mantas de saberes que outros teceram
- Aos sonhos, directrizes da minha alma, contentor do divino em mim
- Ao fértil e amoroso seio da Terra, mãe acolhedora da nossa missão
- Aos MESTRES de todas as eras cujas essências perfumam meus sentires, minha força, minha Fé, meus passos

A Tudo, a Todos, profunda gratidão por aquilo que são em mim, ou seja…Inspiração

Maria Adelina

19 Março 2017


domingo, 12 de março de 2017

Reinterpretando Jesus






Reinterpretando Jesus

Por estes dias e com a ajuda de Mestre Omraam deparei-me com a mais acertada interpretação das palavras de Jesus quando disse: “Onde dois ou três se reunirem em meu nome aí Eu estarei”. O real significado desta parábola refere-se a “compromisso” aquele que devemos ter com tudo que almejamos desde as mais ínfimas às grandes opções da nossa vida.

“Dois ou três”, são o intelecto, o coração e a vontade.

E quando dois destes se reúnem, o intelecto/pensamento e o sentimento/coração, o terceiro que é a vontade representada pelo amor crístico, aparece!... Já são muitas as abordagens feitas a este tema, o do compromisso, condição imprescindível para a realização do que quer que seja, e hoje ao partilhar esta reinterpretação das palavras de Jesus lembrei duma artesã de cerâmica que conheci em tempos que apesar de querer mostrar as suas maravilhosas criações, não queria assumir o compromisso que isso implicava, ou seja investir com confiança nos locais e meios que lhe podiam proporcionar a total divulgação dos seus produtos assumindo como, quando, e aonde podia trabalhar e expor. 
O seu recurso eram as boleias, se arranja-se boleia para determinada feira ou evento ela ia aproveitando a sinergia dos outros, senão, não ia. Claro que apesar da exímia arte das suas belas peças, não conseguia gerar interesse ou divulgação, ou lucro, que lhe permitisse continuar a fazer o que ela tanto gostava. 
Até que um dia percebeu que nada nem ninguém se podia comprometer (gostar, interessar) pelo trabalho dela, se não existisse esse compromisso dela para com ela.
E ela acreditou em si mesma, confiou na beleza das suas obras, canalizou os desperdícios da sua vida para arranjar uma oficina adequada, comprou o forno essencial ao seu trabalho, equipou-se das matérias-primas necessárias, inscreveu-se nos eventos dedicados à sua arte, e aconteceu… Ao compromisso do intelecto e do coração dela, juntou-se a Vontade Crística, conferindo a realização para a qual ela hoje não tem mãos a medir e que lhe preenche o coração.
Uma pertinente reflexão aplicável a qualquer área da vida, pois todas nos exigem compromisso de alma, mesmo aquelas consideradas “hobbies”


MA

segunda-feira, 6 de março de 2017

O hábito imposto ao monge - Basta de desrespeito pela integridade do SER

    



A óptica corrosiva de avaliar o hábito
Encarquilhada na sua in_sapiência
Orientada pela manada ao som do cabresteiro

Que estética existe nos olhos cegos de profanos interesses
Autodefinidos de pseudo bem-parecer para bem poder ser
Que mede as formas pela quadrícula dos cérebros enjaulados
Normas colapsadas pela mente inferior de quem as promulgou

A poucos concedido, só aos libertos, é um dom poder ver
A sinuosidade das ondas do mar nas rugas profundas do homem rural
Os olhos da anciã onde escorre o mel da doçura aprendida e da paixão contida
Os magnificentes reflexos da aurora em cada tom de pele, em cada esfera ocular
O fogo ígneo da mulher, quando não consumido nos filtros da vaidade onde se comprime para ser admitida na escala de bela

É um dom amar em cada formato, sem equação matemática, os contentores das tantas vestes de Deus




Maria Adelina





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quarta-feira, 1 de março de 2017

Na eterna demanda




Na eterna demanda

Na eterna demanda que é um dia ou uma vida
Ser-se atento à voz do vento purificador da estagnação
Curar, curar, curar
A água sagrada que se escoa no alforge roto do viajante
Retemperar a aridez da terra sem rega ou cultivo
Reconhecer as batalhas perdidas em campos estéreis
Moldar asas, esculpir os remos, alçar voo
Na senda do Lar
Assumir o lugar nos reinos a construir
Rosa-dos- Ventos ainda por desenhar
Todas as forças são a favor se ages por amor


A.


E eis que chega Março...Bem-vindo